quarta-feira, 12 de maio de 2010

NOVO FILME DE ZÉ DO CAIXÃO SERÁ GRAVADO EM POUSO ALEGRE/MG

Zé do Caixão volta à ativa em longa-metragem

Filme de José Mojica Marins é inspirado numa lenda de Pouso Alegre. Cineasta diz que está à procura de histórias curiosas para levar à tela



Patrícia Rennó - EM Cultura

Zé do Caixão enfrenta um corpo que se recusa a ficar enterrado em produção que será filmada no Sul de Minas Pouso Alegre – Para quem pensou que Zé do Caixão fosse descansar depois do filme Encarnação do demônio, interpretado e produzido em 2008 por José Mojica Marins, se enganou. O personagem, que desde a década de 1960 tem assombrado as telas brasileiras e internacionais, voltará para contar a história de uma lenda mineira, que promete assustar muita gente.

Próximo de completar 74 anos, Mojica ataca novamente e afirma que continua animado com o cinema, pretendendo investir em histórias curiosas. Como a lenda do Corpo Seco, que teria se passado em 1900, em Pouso Alegre, no Sul de Minas. A história, que muitos moradores afirmam ser verídica, fala de um homem muito ruim, que vivia com a família em um casarão e costumava maltratar a mãe e alguns animais. Passam-se os anos, ele teria ficado doente e definhado até a morte em um quarto nos fundos do imóvel. Depois de enterrado, o corpo, em pele e osso, sempre era descoberto pela terra e ficava exposto em cima da cova. A casa em que o homem teria vivido ainda existe.

O casarão, de pelo menos 110 anos, localizado no Bairro Santo Antônio, foi reformado diversas vezes e funciona hoje como o Centro de Reeducação Municipal. Alguns moradores afirmam que o cômodo onde o Corpo Seco ficava continua preservado e é usado como depósito. Outra curiosidade é que tataranetos do homem ainda estariam morando no município, mas que preferem não falar sobre o assunto. Mojica explica que o caso chamou sua atenção pela riqueza de detalhes e pelo medo que a história provoca até hoje em jovens, adultos e crianças do município. "Fiquei sabendo da lenda durante uma viagem à cidade sul-mineira e a achei muito interessante, bem diferente de outras que ouvi pelo Brasil. Foi por isso que resolvi investir na lenda de Pouso Alegre", conta.

O roteiro já está pronto e as filmagens, que serão realizadas em Pouso Alegre, devem começar no em setembro, com previsão de lançamento para 2011. De acordo com a produção, o filme terá custo de R$ 2,5 milhões. O elenco será formado por artistas de São Paulo e de Pouso Alegre, que em breve serão selecionados. "A ideia é contar a história do Corpo Seco, um ser do mal, que se transformará em um estuprador e fará várias vítimas, mas que será derrotado pelo Zé do Caixão", explica o cineasta.

O filme terá cenas de perseguição policial e até tortura. "Tenho recebido vários prêmios pelo Brasil e no exterior. Muitos jovens têm se interessado pelo gênero de terror, principalmente durante os cursos de cinema que tenho ministrado por todo o país", diz Mojica. Para os jovens cineastas que desejam investir na carreira, ele deixa um recado: "Sofri várias perseguições, mas as pessoas têm que ter persistência".

CLÁSSICO DO TERRORAo longo de uma carreira de mais de 60 anos dedicados ao cinema, José Mojica Marins escreveu, produziu, dirigiu e interpretou cerca de 30 filmes, nos gêneros terror, aventura, comédia e até pornochanchada. O interesse pela fotografia e cinema começou desde cedo. No aniversário de 10 anos, pediu ao pai uma câmera de 8 mm, época em que deu início à confecção de filmes amadores. Seu personagem mais conhecido, Zé do Caixão, foi criado em 1963. Usando barba, roupa preta, cartola e capa, o ator deixou as unhas crescerem e com elas criou sua marca registrada.

Com o personagem, o artista realizou, como diretor e ator, o já clássico À meia-noite levarei tua alma (1964). A ele se seguiram Esta noite encarnarei no teu cadáver (1967), O estranho mundo de Zé do Caixão (1968) e O despertar da besta (1968), entre outros. Em 2008, lançou Encarnação do demônio. Atualmente, o cineasta apresenta o programa

O estranho mundo do Zé do Caixão, no Canal Brasil (TV paga), à meia-noite das sextas-feiras.INSPIRAÇÃOA história do Corpo Seco foi transformada em literatura infanto-juvenil pela escritora Mariângela Padilha. O livro A lenda do Corpo Seco foi lançado na internet no ano passado e servirá de base para o roteiro do filme. A autora, que costuma escrever contos góticos, explica que a inspiração surgiu depois de ouvir relatos de colegas de trabalho. "Todo mundo sabe falar da lenda na cidade e por isso resolvi colher informações e misturar com um pouco de ficção", explica. Mariângela conta que o filme será baseado no livro, mas com adaptações para o público adulto.

Fonte: http://www.divirta- se.uai.com.br/html/sessao_8/2010/03/03/ficha_cinema/id_sessao=8&id_noticia=21486/ficha_cinema.shtml

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