Convidados especiais da II MOSTRA DELINHO DE CINEMA

A II MOSTRA DELINHO DE CINEMA, começa no próximo domingo, dia 05 a vai até o outro domingo, dia 12 de julho, ao todo serão oito dias de filmes exibidos gratuitamente para população em diversos lugares do município. Nesta edição a MOSTRA DELINHO homenageia três importantes personagens da história do Brasil.

Os filmes Tapete Vermelho e O Jeca e a Égua Milagrosa, serão exibidos em homenagem a Amâncio Mazzaropi. Para lembrar e prestar uma homenagem aos outros dois, Freio Tito de Alencar e Carlos Marighella exibiremos os filmes; Batismo de Sangue e O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias.

Também convidados pessoas para falar sobre os três homenageados. São eles, o professor Glauco Barsalini, o professor Arnaldo Lemos Filho, ambos de Campinas/SP e o ex preso político Maurice Politi de São Paulo.

Quem são eles?

Glauco Barsalini é professor universitário, Sociólogo e Bacharel em Direito, é mestre em Multimeios e Doutorando em Filosofia pela Unicamp. Autor do livro Mazzaropi: O Jeca do Brasil (Ed. Átomo), e co-organizador do livro Sociologia Geral e do Direito (Ed. Alínea). Participou de inúmeros programas de televisão falando sobre seu trabalho, em especial ao livro sobre Mazzaropi, já esteve no Programa do Jô e no Fantástico, ambos da Rede Globo.

Mais informações sobre ele, acesse o site pessoal:
http://www.glauco.slg.br/

Arnaldo Lemos Filho é mineiro de São Sebastião do Paraíso. Formou-se em Filosofia e Teologia e ordenou-se padre em 1960 , iniciando-se no magistério, sendo um dos fundadores e o primeiro diretor da Faculdade de Filosofia de Guaxupé. Em 1964, por ocasião do golpe militar foi denunciado com “padre comunista’. No ano de 1968 estava no Rio de Janeiro, na CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e participou de todos os movimentos que aconteceram naquele e ano. No final do ano deixou o sacerdócio e veio ser professor em Campinas. É hoje professor de Sociologia Geral e do Direito da Puc de Campinas.

Maurice Politi, nasceu no Egito no ano de 1949. Emigrando com a família para o Brasil com a idade de 8 anos, ingressando no ano de 1967 na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP) aonde iniciou curso de Jornalismo. Militante do grupo revolucionário Ação Libertadora Nacional (ALN) foi preso pela OBAN (Operação Bandeirantes) em marco de 1970 sendo condenado a 4 anos de prisão. Durante o período dos 4 anos de sua prisão, Politi passou por 9 prisões e 36 celas diferentes. Neste período fico junto dos de três freis dominicanos, um deles Frei Betto, autor do livro Batismo de Sangue, que deu origem ao filme homônimo. Foi liberado em marco de 1974 , com o status de “liberado condicional” e expulso do país em 1975, por ter sido considerado apátrida . Passou 5 anos em Israel regressando ao Brasil no ano de 1980, após a decretação da anistia, quando lhe foi devolvida a nacionalidade brasileira.De volta ao Brasil, passou a trabalhar para uma empresa multinacional no campo da exportação e controle de qualidade. Nesta empresa trabalhou 27 anos, sendo 20 anos em 5 diferentes países: Peru, México, Quênia, Suíça e Argentina. Desde 2007 é diretor do Fórum de Ex Presos e Perseguidos Políticos do Estado de São Paulo. Está finalizando a edição de seu livro “Resistência atrás das grades”, um diário da Greve de Fome empreendida por 32 presos politicos em Maio/ Julho 1972. O livro deverá ser lançado no mês de Agosto.