quarta-feira, 21 de julho de 2010

SÁBADO -24/07- COMEÇA III MOSTRA DELINHO DE CINEMA

III Mostra Delinho de Cinema começa neste sábado em Estiva/MG

Com participações especias e novas novidades

Professor e Juiz Titular da Vara do Juri de Campinas/SP José Henrique Torres


Estiva, cidade aos pés da serra da Mantiqueira no sul de Minas, começa a respirar a magia do cinema nacional a partir deste sábado, dia 24, quando acontece oficialmente a abertura da terceira edição da Mostra Delinho de Cinema que irá até o dia 31. Serão oito dias de filmes gratuitos para população em diversos locais do município, neste ano o terceiro curta produzido na cidade será lançado na abertura do evento.

Durante os preparativos finais do evento surgiram mais duas novidades, diferentes das outras duas anunciadas anteriormente pela organização, que eram; o lançamento do curta AGENOR FERRO VÉIO e a sessão especial para crianças com a exibição do filme infantil O GRILO FELIZ. Desta vez as novidades serão o lançamento de um novo curta produzido na cidade, que agora passa a ter três obras e a participação de convidados especiais durante as exibições.

A primeira será o lançamento de mais uma curta produzido na cidade, ou melhor em um bairro rural, Boa Vista, totalmente escrito e dirigido por crianças e adolescentes da comunidade, o curta foi batizado como QUANDO UM AMIGO CHAMA, e será exibido no dia 28 no bairro em que foi concebido. A outra novidade será a presença do professor e Juiz Titular da Vara do Júri de Campinas, José Henrique Rodrigues Torres* no dia 25 que participará da exibição do filmes MEU NOME NÃO É JOHNNY.

Como surgiu a ideia de organizar o Mostra

A ideia de organizar o evento partiu dos amigos Guilherme Abraão e Flávio Chiarini, depois de terem dificuldade para exibir o curta que conta a história de Delinho, figura conhecido por todos na cidade. O curta foi produzido pelo Projeto Revelando os Brasis do Ministério da Cultura em sua primeira edição.

"A mostra nasce para suprir a falta de ações culturais em um sentido geral, mas, como tivemos dificuldades para exibir o curta do Delinho na cidade, daí nasceu a vontade organizar um espaço que pudéssemos exibir esse e outros filmes para comunidade", comenta Guilherme Abraão. Hoje a organização é composta por várias pessoas, profissionais liberais, bancários, professores, fotógrafos, agricultores etc.

A cidade fica a mais de 400 quilómetros da capital mineira, Belo Horizonte, as cidade próximas que possuem cinema são Pouso Alegre e Cambuí, mas, são aproximadamente 20 km até elas. Ver os filmes na Mostra é uma maneira de encurtar estas distâncias.

"Tanto a distância, os horários e os valores dos cinemas dificultam o acesso das pessoas que moram em cidades que possuem cinemas, agora imagine pra quem mora em outra localidade, tudo isso faz com quem muitas pessoas nunca tenham pisado em uma sala de cinema", segundo Guilherme Abraão. Muitas pessoas da cidadezinha passaram a ter contado com a telona a partir das exibições da Mostra, que na maioria das vezes acontece em ruas e praças.

A expectativa e grande tanto da organização quando da população, nesta edição o bairro rural Fazenda Velha, que fica a mais de 30 quilómetros do centro da cidade entre vales e montanhas receberá a Mostra no dia 30. "Levar o evento para este bairro é o desafio desta edição, o desafio da próxima edição será organizar uma oficina de cinema na cidade durante a Mostra" afirma Guilherme Abraão.

Curta AGENOR FERRO VÉIO

O curta foi escrito e dirigido pelo mesmo diretor da obra que dá nome a Mostra: A História de Delinho. O estivense Flávio Chiarini que é cineasta e um dos idealizadores do evento. O curta experimental foi gravado no ano passado em Estiva, é quase uma auto biografia do entrevistado, Agenor Tavares da Silva, que conta diversas histórias sobre sua vida, que por sinal ficou divertidíssimo. Este é o terceiro curta produzido na cidade.

Dados sobre cinema

O Brasil possui 2.200 salas de cinema, que estão em apenas 8% dos nossos municípios. O que equivale a dizer que 92% de todos os municípios brasileiros não possuem sequer uma única sala de cinema.
A produção de filmes nacionais anualmente é de aproximadamente 80 produções. Mas, que pela falta de salas e da concorrência com filmes de outros países (principalmente dos EUA) dificilmente é exibida, ou seja, nosso cinema é estrangeiro dentro de nosso próprio país.


* Juiz de Direito, Titular da Vara do Júri de Campinas, Professor de Direito Penal (PUC CAMP), membro do Conselho Diretivo da Associação Juízes para a Democracia (AJD) e da Federação de Associações de Juízes para a Democracia da América Latina e Caribe.




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